A Ocupação Paulo Freire, do MLB, nasceu nos últimos dias do mês de maio de 2015, no Barreiro, em Belo Horizonte, MG. Já conta mais com mais de 300 famílias que não suportam mais a pesadíssima cruz do aluguel ou a humilhação que é sobreviver de favor. O MLB - Movimento de luta nos Bairros, Vilas e Favelas - organizou e acompanha a Ocupação Paulo Freire, que ocupou um terreno abandonado, cerca de 3 hectares (30.000 m2).
sexta-feira, 27 de maio de 2016
quinta-feira, 26 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
sábado, 21 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Aviso prévio para o Programa Minha Casa Minha Vida: aumento de 237,5% significa R$380.000.000,00 para o caixa da União à custa da retirada do pão e do leite das crianças.
Aviso prévio para o Programa Minha Casa Minha Vida: aumento de 237,5%
significa R$380.000.000,00 para o caixa da União à custa da retirada do pão e
do leite das crianças.
Por frei Gilvander Moreira[1]
Notícia grave do dia
13/05/2016 do vice-presidente Temer no exercício interino da Presidência: “Prestações
do ‘Minha casa, Minha vida’ subirão até 237% em julho”, no link, abaixo:
Diz a notícia, que
é parcial – temos que ler nas entrelinhas -, pois é do oligopólio midiático da
gLobo: “As prestações das moradias financiadas pelo “Minha casa, minha vida”
ficarão até 237,5% mais caras, em julho, para os beneficiários da faixa 1, a
mais baixa do programa, para famílias com renda bruta (renda familiar) de até
R$ 1.800 por mês. O percentual refere-se ao valor máximo, que passará de R$ 80
para R$ 270 por mês, válidos para quem tem rendimento de R$ 1.200,01 a R$
1.800. Já o valor mínimo, para famílias com renda até R$ 800, subirá 220%: de
R$ 25 para R$ 80.”
Alegou o ilegítimo (des)governo Temer – porque
Dilma não cometeu crime de responsabilidade, logo o afastamento dela é golpe - que
o reajuste se deve à “atualização dos custos da construção” e que a taxa de
inadimplência está em 23%. E prometeu construir 2 milhões de moradias até 2018.
Isso é o dito, mas o real é que retirarão todo e qualquer subsídio do Estado
para moradia popular. Ou seja, os valores a serem pagos pelas famílias pobres serão
os valores de mercado. Na prática, transforma quem eventualmente for
contemplado em futuras moradias do MCMV em inquilino que deve pagar o valor de
um aluguel: R$270,00 + 130,00 de condomínio = R$400,00. Isso para uma família
que tem renda familiar de até R$1.800,00 é impagável. Para pagar terá que
retirar o pão e o leite da boca das crianças. Nas cidades do interior, a regra
é as domésticas e juventude trabalharem por 200,00 ou 300,00 por mês. Logo, a
mensalidade de 270,00 será impagável. E, milhões de famílias da Faixa 1
sobrevivem com bolsa família e cestas básicas doadas pelos vicentinos ou por
pessoas solidárias.
Prometem construir 2 milhões de moradia. Se
fosse manter o valor de R$80,00 (valor no Governo Dilma), sobre 2 milhões de
moradias, o governo receberia R$160.000.000,00. Mas com prestações em valor de
aluguel, sobre 2 milhões de moradias, o governo receberá R$540.000.000,00.
Portanto, o (des)governo Temer receberá nos cofres da União R$380.000.000
líquidos, a diferença a mais que receberá. Isso é o sistema do capital. É
política econômica que crucifica milhões de famílias empobrecidas retirando o
pão e o leite da boca das crianças empobrecidas e logicamente jogando-as na marginalização
para serem assassinadas ainda enquanto crianças ou adolescentes. E pior, se não
forem barrados, arrumarão um jeito de aumentar em 237% os valores das 3,6
milhões de moradias do MCMV já entregues desde 2009.
Se fosse 2 milhões de moradias, com mensalidade
de R$25,00, valor para famílias com renda familiar de até R$800,00, o governo
receberia R$50.000.000,00. Mas aumentando em 220%, com mensalidade de R$80,00, sobre
2 milhões de moradias, o governo receberá R$160.000.000,00. Ou seja, R$110.000.000,00
no caixa da União. Isso é opção pelo mercado, pelo capital. Opção pelos ricos.
É crucificar e assassinar a conta gota diretamente 2 milhões de famílias e,
pior, sepultar a esperança de milhões de famílias que sabem que sem apoio do
Estado não consegue jamais comprar moradia e se libertar da cruz do aluguel ou
da humilhação que é sobreviver de favor ou nas ruas.
Enfim, com as características, acima, o Programa MCMV
3, se for implementado, será um programa de financiamento e não de
subsídio. Estão cortando todos os subsídios e tratando a moradia como
mercadoria e não como direito, o que significará a exclusão de milhares de
famílias. Se antes excluía as famílias sem renda, com Temer excluirá as
famílias de baixa renda. O Programa MCMV, com os aumentos acima, engordará os
bolsos de empresários, pois está organizado segundo lógica da moradia como mercadoria.
Controlar a especulação imobiliária e fazer reformas urbana e agrária continua
sendo um desafio necessário a ser enfrentado pelo povo organizado.
Com
a falta de reforma urbana e reforma agrária, a partir dos sem-terra e sem-teto,
o povo não terá outra opção a não ser ocupar, resistir, produzir e construir.
Belo
Horizonte, MG, 16/05/2016.
[1] Assessor da Comissão Pastoral da
Terra (CPT); www.freigilvander.blogspot.com.br
– www.gilvander.org.br , email: gilvanderufmg@gmail.com , face:
Gilvander Moreira.
Ocupação Rosa Leão, em Belo Horizonte, MG: bairro consolidado com 1.500 famílias em casas de alvenaria. Despejo nem pensar! BH, 15/05/2016.
Ocupação Rosa Leão, em Belo Horizonte, MG: bairro consolidado com 1.500 famílias em casas de alvenaria. Despejo nem pensar! BH, 15/05/2016.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
quinta-feira, 12 de maio de 2016
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